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Para realizar a trilha do Saco das Bananas é necessário apenas disposição e condicionamento físico, pois o grau de dificuldade é médio. Iniciei a travessia às 08h00 na praia do Pulso, a poucos minutos da Eco Encanto Pousada, e terminei às 15h00 na Praia da Figueira.

O acesso à praia do Pulso é feito por uma estrada de terra a partir do Km 77,5 da Rodovia Rio Santos, ao lado da praia da Maranduba. No local existe um ponto de ônibus e logo atrás tem uma estradinha que vai para a Praia do Pulso e Praia da Caçandoca. A caminhada até a praia do pulso leva aproximadamente 40 minutos, onde cheguei à Portaria de um Condomínio Fechado, local em que a entrada é permitida apenas para pedestres.

A partir da portaria, caminhei por aproximadamente 7 minutos, passando por um escadão e chegando na praia do Pulso. É uma praia pequena, com algumas residências particulares, areia fofa e branquinha e um visual incrível. Não costuma ter muita gente, devido ao acesso ser somente por trilha. Não tem quiosques, barracas ou vendedores ambulantes.

Iniciando a travessia para o Saco das Bananas, segui dali rumo à praia da Caçandoca. Caminhei tranquilamente por 10 minutos e alcancei a praia, um pouco mais movimentada que o Pulso, com alguns quiosques, lugar para acampar, uma bica de água doce para tomar um banho e um Riozinho para as crianças brincarem. Tem uma área para fazer churrasco também.

Tirei algumas fotos e segui rumo à praia da Caçandoquinha, uma praia charmosa e graciosa, assim como o nome. A caminhada é bem curtinha, também uns 10 minutos e já é possível avistá-la. Tem algumas árvores para se proteger do sol e uma vista linda. O mar não é tão calmo, mas também não é tão agitado. Para quem visita apenas a praia da Caçandoca, vale a pena visitar essa linda praia.

Continuando a caminhada, passei pela praia da Raposa, uma praia com aspecto selvagem e mar bem agitado, assim, nem permaneci por ali, apenas tirei uma foto para não passar em branco.

Eu queria conhecer a praia do Saco das Bananas, assim, não me deixei vencer pelo cansaço e quando avistei do alto de um morro aquele local, fiquei deslumbrada. Foi exatamente o que eu imaginei, um lugar selvagem e calmo ao mesmo tempo, fiquei ali por um momento, sozinha, apreciando a beleza de Ubatuba e ouvindo o som dos pássaros.

Caminhando mais um pouco avistei uma escola abandonada, do período escravocrata, com um bananal imenso em volta. Como estava sozinha, não me senti muito confortável, pois o lugar me parecia sombrio e com um silêncio que incomodava, então, também não quis permanecer ali, continuando a trilha imediatamente.

A partir dali, fiquei meio perdida, pois havia uns atalhos e não sabia ao certo para onde ir. Acabei entrando no terreno de uma residência particular, onde tirei algumas fotos da praia e retornei até encontrar o caminho novamente.

Naquele momento já estava bem cansada, mas precisava continuar e como não planejei em fazer essa trilha, não tinha ideia de onde iria sair, mas precisava continuar, pois não tinha mais água nem alimentação. Acredito que caminhei por mais meia hora até chegar à praia do Simão, mas ainda não conseguia visualizar nenhuma estrada para voltar pra casa.

Nesta praia descansei um pouco para continuar, pois não sabia por mais quanto tempo continuaria a caminhar. A praia estava totalmente deserta. A praia do Simão é uma praia um pouco agitada, porém tão linda como todas as outras. Ali é um lugar propício para acampar, de preferencia, acompanhada.

Após uns 20 minutos de descanso, continuei seguindo a trilha, já não conseguia mais contabilizar o tempo, pois estava tomada pelo cansaço. Mas acho que caminhei mais uma meia hora para chegar na Praia da Lagoa. Finalmente avistei o inicio de uma civilização…rs, uma estradinha com rastros de carro….ufa.

Passei rapidamente na Praia da Lagoa e já não conseguia nem apreciar a beleza da praia, pois estava realmente cansada da caminhada, e ainda não sabia quanto tempo faltava para chegar à Praia da Figueira. A Praia da Lagoa tem esse nome devido a uma Lagoa de água doce enorme que fica no canto esquerdo da praia, separada do mar por uma faixa de terra. A praia é maravilhosa, uma das mais bonitas na minha opinião, para curtir junto de alguém especial.

Seguindo adiante, finalmente consegui me familiarizar com a praia da Ponta Aguda, uma praia selvagem, linda, com algumas residências e quiosques, que irei falar melhor em um outro Post. Ali o meu celular já tinha sinal, então pedi para uma amiga vir me buscar, pois não tinha mais “pernas” para caminhar.

Por Priscila Merize